Mãe do Mato e outras canções

Essas 4 canções de Juvenal Imbiriba foram gravadas em 1º de agosto de 2016. Na ocasião, estávamos juntos para gravar a participação de Juvenal no disco “Nheengatu – Canções na Língua Geral Amazônica“, e a aproveitamos para registrar algumas de suas composições mais recentes. O tema que permeia as 4 faixas é a preocupação com o meio ambiente, e Juvenal as gravou apenas com voz e violão. Ouça:

Se quiser acompanhar, ouça no YouTube, onde a publicação está com as letras e cifras.

Para baixar as gravações, clique aqui.

E eis as letras:

Mãe do Mato
(Juvenal Imbiriba)

Curupira, mãe do mato, ela é muito atraente
Se você duvidar muito, ela judia da gente

Cuidado, seu caçador, ande com todo respeito
Se você vacilar muito, ela vai te dar um jeito

Olhe, seu caçador, todo cuidado é pouco
Se você variar no mato, ela pode deixar louco

Todo lugar tem a mãe nessa grande natureza
Isso é muito real, você pode ter certeza

Por isso eu oriento, ande com todo cuidado
Respeite a natureza, curupira, mãe do mato

Olhe, seu caçador, todo cuidado é pouco
Se você variar no mato, ela pode deixar louco

Lamentos da Natureza
(Juvenal Imbiriba)

Nossa mãe terra se lamenta todo dia
Com agonia da tanta devastação
O bicho homem não tem sentimento
Nem pensamento que isso é destruição

A natureza veio pra nos preservar
Meio ambiente não se pode acabar
Por isso o homem tem que ter noção
Sem a natureza nós não vamos viver, não

Ei, meu irmão
Já está tão grande a devastação
Ei, meu irmão
Nossa Amazônia não se pode acabar, não

Meio ambiente tem que ser bem respeitado
É ter cuidado com a poluição
Se a gente não tiver consciência
A gente acaba fazendo destruição

Ei, meu irmão
Já está tão grande a devastação
Ei, meu irmão
Nossa Amazônia não se pode acabar, não

Fadiga do Roçado
(Juvenal Imbiriba)

Venho descendo do rumo do meu roçado
Pé fadigado pra beira do igarapé
Levo farinha, sal e pimenta malagueta
Tem cuia preta pra tomar o meu chibé

Dona Tereza diz pra mim não demorar
Já chego em casa pra tomar o tarubá
Depois do almoço eu tento me refletir
No meu roçado eu tomo meu caxiri

Vou me refletir
Bebo por gostar
No meu roçado eu tomo meu caxiri
Ao mesmo tempo eu tomo meu tarubá

Carimbó do Pescador
(Juvenal Imbiriba)

Alô, pescador
Que sai pra pescar
Com seu arreio de pesca
Para o peixe pegar

Ele quem enfrenta chuva, frio e o calor
Com sua rede estirada para o peixe, sim, senhor
E as ventanias, pra ele, já é tradição
Com coragem ele enfrenta na sua embarcação
Alô, pescador, que sai pra pescar

Alô, pescador
Que sai pra pescar
Com seu arreio de pesca
Para o peixe pegar

Esse trabalho é uma grande profissão
E pra todos pescadores é uma sua manutenção
Ela labuta pra poder ganhar o pão
Alimenta a família e a grande população

Alô, pescador
Que sai pra pescar
Com seu arreio de pesca
Para o peixe pegar

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